quarta-feira, 30 de novembro de 2011

OUVIR E TOLERAR

OUVIR e TOLERAR

Tomara que, em todos os relacionamentos, houvesse um participante capaz de ouvir.
Nos mais singelos romances alguém ouve, toca, cala, sente.
Vê- se nos bancos dos jardins velhinhos e jovens namorados na paisagem simples: lado a lado, um pegando na mão do outro. E
apenas um deles confessa. O outro escuta a confissão.
Quantas vezes estamos preparados para dizer frases agressivas, decoradas com capricho. Mas ao olhar tranquilo e pacificador
nos tornamos incapazes de uma só palavra. E mudamos o curso da conversa.
Ainda melhor e mais bela torna-se a Vida quando, além de ouvir, passamos a tolerar o que ouvimos e quem ouvimos.
Basta que a bendita tolerância, como um ato constante de amor, esteja erguida na mente de cada um para uma convivência serena.
Aprendemos que, aquilo que seria para nós a grande verdade, pode ter outros grandes valores e cores próprias, tornando o percurso
mais simples e sublime.
Ouça teu amigo. Certamente ele terá um caminho de muitas novas alegrias a te oferecer.
Ouça teu inimigo. Talvez não tivesse havido tanta maldade como aquela que penetrou em seu coração e que só haveria necessidade de mais
um pouco de compreensão para que se transformasse em bem.
A gente cresce assim: ouvindo, repetindo, tolerando, mudando.

Helyete Santos

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