domingo, 29 de julho de 2012

SE EU PUDESSE

Parece que a luz deste sol magnífico que brilha lá fora se estende por todo o planeta, mesmo nos extremos onde a noite se faz presente. É assim que sinto seu silêncio penetrar em meu ser e dizer da força que preciso para viver este instante.
Diante dos amigos, ajoelho-me em prece, dou minhas mãos nas suas e me entrelaço com seus corações na gratidão de tê-los em sintonia.
E, se eu pudesse, transmutaria todas as suas angústias na luz sábia que esbanja calor e ilumina a sabedoria de viver.
E, mais do que tudo, estariam os casais de mãos dadas, sorrindo um para o outro na emoção de terem se encontrado. E todos os anjos poderiam descansar: missão cumprida!
HELYETE SANTOS

sábado, 28 de julho de 2012

ATENTO AO AMOR


“De tudo ao meu amor serei atento...” Vinicius de Moraes

Faz-se tanto para conquistar o amor e de repente a gente esquece de perpetuá-lo bem dentro do próprio amor a serenidade que ele impõe, uma vez que já é conquista. O amado precisa da força do abraço, do olhar de admiração, da verdade, da aceitação dos erros, dos aplausos nos acertos.
E aí, quando nos perdemos por entre as ruas e calçadas frias, sem mãos quentes para entrelaçar, fica o desespero do ontem, do que poderia ter sido feito e não se fez.
Mais do que dizer a todos que temos um amor, é preciso estarmos atentos a ele em suas carências e sonhos. Compartilhar com ele seus momentos faz da vida um grande momento, faz do amor um chamado para transmutar o que se pode engrandecer.
E fica, nas palavras de um grande poeta, a sabedoria, mensagem da eterna conquista.
HELYETE SANTOS

quinta-feira, 26 de julho de 2012

DEFINIÇÃO DA PALAVRA AMOR

            
Quando se quer definir o amor, a gente fica num emaranhado terrível, porque sente e não sabe bem definir o que é que se sente.
A força interior, neste caso, é maior do que todas as palavras que o dicionário possa explicar.
Mas acredito que o importante seja exatamente esta força maior que explode no corpo e avassala a mente, modifica o olhar, faz a pele remoçar, acaricia as paredes, reluz os cristais, limpa com água benta todos os poros e se mostra envolto de muito respeito, ternura, afeto e equilíbrio.
E, se a gente sente, tem mais é que viver intensamente esse momento que a Vida nos proporciona e pedir aos anjos e arcanjos a verdadeira sintonia entre nós.
Helyete Santos

quinta-feira, 19 de julho de 2012

PERDIDOS PELO CAMINHO

Assisti o trecho de um filme que apresentava um grupo de fugitivos sendo massacrado. Um soldado chegou bem perto de umas meninas que, apavorada, pedia para que ele não as matasse e ele lhes perguntou por que haviam corrido se não eram também culpadas e uma delas respondeu que todos haviam corrido e elas correram também, sem saber porquê.
Será também que estamos juntos com a Vida num grupo que corre e não sabe de quem, nem para onde estão correndo? Muito menos porquê? Será que poderíamos parar para discernir o rumo a tomar?
Subir uma escada pode ser bem mais fácil do que escalar uma montanha de gelo, mas bem mais desgastante se nossa decisão for apenas de seguir o “não sei”. Torna-se torturante. Um vazio sem medidas, nem elos, nem chão. Só um vazio.
Sei que somos repletos de bênçãos prontas para se tornarem atitudes. Muitas se tornarão motivo até de orgulho, mas se ainda não sabemos para onde vamos...
Esse rumo é bem mais fácil de reconhecer e seguir se nos prepararmos com fé e coragem e deixarmos para Deus nos levar até onde deverá ser a meta final.
HELYETE SANTOS

sexta-feira, 13 de julho de 2012

MUITO MENOS EU


É fato que muitos relacionamentos se desgastam ao longo do tempo, enquanto outros se renovam e nem se dão conta disso. Erguem-se diante dos problemas, param, refletem, dão as mãos e tomam atitudes compactas e não se atemorizam com o futuro. Vivem e convivem.
Enquanto isso acontece, continuam olhando para a mesma cena e usufruem da mesma energia que é compartilhada numa só sintonia.
Não é para menos que a solidão bate forte ao peito quando juntos estão tão sozinhos. A cena é a mesma, mas não veem as mesmas coisas. Não compactuam os mesmos instantes, nem param diante do grande Universo para se refazerem das dores, nem dos prazeres. Deixam de cantar as alegrias e caminham em seus desejos como aves que migram para horizontes diversos em busca de metas outras.
Junto, então, fica o sofrimento, a angustia, a invalidade de não ser mais como se era antes.
O que foi que aconteceu, talvez naquele momento ninguém saiba ( muito menos eu ) se o amor acabou. Assim como uma chuva que passa e deixa a umidade pelo chão e o sol, com o seu calor e luz, seca e parece que nunca choveu naquele lugar.
O que se sabe é que, enquanto existir um pouquinho desse amor voltado ao outro, ele não terminou porque não acabou. Nem deixará de existir, porque mesmo sufocado, terá a fonte dentro de nós. É bom termos a certeza disso e começarmos a nos exercitar diante da Vida.
HELYETE SANTOS

quinta-feira, 5 de julho de 2012

PERDIDOS COMO ESCOLHA


Quando se perde um batom na bolsa pode ser desconfortante, se não houver uma amiga por perto e tivermos que nos apresentar numa reunião, caso contrário, encontraremos outro e o substituiremos. É fácil. A não ser que queiramos fazer um estardalhaço por uma perda tão insignificante.
Perder talvez seja o resultado de uma escolha não tão feliz, mas teimosa como um anel de marcassita e madrepérola que perdi não sei onde, mas sei que não deveria tê-lo usado, já que estava largo no meu dedo. Toda vez que abro a caixinha onde era guardado sinto sua falta. Ficava lindo no meu dedo,mas outros também ficam.
Perdido ainda fica o almoço com minha amiga porque tinha uma reunião longe do local marcado e na mesma hora; perdi também o beijo que meu filho queria me dar quando a porta do elevador fechou e tive medo que ele se machucasse e eu prendesse minha mão; perdido ficou o sol de um lindo domingo porque resolvi acordar tarde demais.
Ficou tanta coisa perdida na vida que agora só preciso é fazer tantas outras coisas que me bastem dedicação e alegria para que a vida continue e eu não precise mais ficar lembrando o que foi que eu perdi, nem medindo o tamanho das perdas que, na realidade, só escorregaram entre meus dedos porque deixei ou porque assim deveria ser.
Helyete Santos

terça-feira, 3 de julho de 2012

ACABOU




Quando se chora baixinho, quase sem voz para que nenhum ouvido possa ouvir, nem o da gente mesmo, é preciso ouvir o que  alguém diz para nos dar força para agir e reagir diante da dor de saber e entender que acabou. E, mais do que tudo, aceitar.

É desviado o curso de uma cascata que seca aos olhos de todos os que a veem do lado de cá, mas do lado de lá, foi construída uma barreira capaz de desviar seu curso.

Toda aquela magia da força deixa o cenário vazio. Não há mais visual nem sons. Simplesmente, acabou, mas a água continua, assim como o amor dentro da gente.

É assim que os relacionamentos, por estes ou tantos outros motivos terminam. Não há como explicar para uns e, para outros tem, sim, muitos motivos, mas nem por isso voltam a ser como eram antes, se um dia voltarem.

É como a cascata: até pode voltar, mas seu caminho se modificou. Houveram mudanças que hoje não bastarão para se envolverem com a vida presente.

Os relacionamentos que perdem seu curso, causam dores e arremessam tristezas que machucam e ferem. Gostaríamos de recomeçar e refazer tantas atitudes do passado, mas agora só servirão de experiências para outras futuras, se houverem. Ou serão grandes lembranças de tempos vividos com exuberância e glória. Podem não voltar mais, eu sei, mas foram vividos. E se foram intensamente vividos, ainda bem. Fizemos o que pudemos e, pelo menos hoje, temos mais uma história para contar e para lembrar sempre.
HELYETE SANTOS

segunda-feira, 2 de julho de 2012

RECICLAR FAZ PARTE

                
Reciclar é uma das palavras do momento, porque a necessidade do nosso planeta se faz urgente em se reutilizar os materiais usados, transformá-los em outros novos objetos que sejam usados e bem aproveitados pelos homens.
Igualmente, a gente recicla a nossa capacidade intelectual, moral e emocional. Podemos transformar tudo em um novo material interior, capaz de nos sustentar por muito tempo e nos legar muitas descobertas que causarão alegrias infindáveis, se assim quisermos. Tudo só depende de nós, das nossas escolhas, das nossas propostas.
Você envelhece muito rapidamente diante de tudo, mas se aceitar as mudanças como parte de novas conquistas, estará se fortalecendo diante do novo e fazendo parte dele. É assim que a jovialidade permanece na sua vida.
Utilize o tempo para saber mais sobre o que é equilíbrio e fazer com ele tudo de bom e de bem. E assim, recicle o que está pesando demais, difícil de carregar.

HELYETE SANTOS