terça-feira, 3 de julho de 2012

ACABOU




Quando se chora baixinho, quase sem voz para que nenhum ouvido possa ouvir, nem o da gente mesmo, é preciso ouvir o que  alguém diz para nos dar força para agir e reagir diante da dor de saber e entender que acabou. E, mais do que tudo, aceitar.

É desviado o curso de uma cascata que seca aos olhos de todos os que a veem do lado de cá, mas do lado de lá, foi construída uma barreira capaz de desviar seu curso.

Toda aquela magia da força deixa o cenário vazio. Não há mais visual nem sons. Simplesmente, acabou, mas a água continua, assim como o amor dentro da gente.

É assim que os relacionamentos, por estes ou tantos outros motivos terminam. Não há como explicar para uns e, para outros tem, sim, muitos motivos, mas nem por isso voltam a ser como eram antes, se um dia voltarem.

É como a cascata: até pode voltar, mas seu caminho se modificou. Houveram mudanças que hoje não bastarão para se envolverem com a vida presente.

Os relacionamentos que perdem seu curso, causam dores e arremessam tristezas que machucam e ferem. Gostaríamos de recomeçar e refazer tantas atitudes do passado, mas agora só servirão de experiências para outras futuras, se houverem. Ou serão grandes lembranças de tempos vividos com exuberância e glória. Podem não voltar mais, eu sei, mas foram vividos. E se foram intensamente vividos, ainda bem. Fizemos o que pudemos e, pelo menos hoje, temos mais uma história para contar e para lembrar sempre.
HELYETE SANTOS

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