Independente do que fazemos hoje ou do que já fizemos um dia, muitas vezes sozinhas, e demos conta, pelo menos aparentemente, sabemos que não fomos completas como gostaríamos de ter sido.
Se Deus aplicou à criação o homem e a mulher, é porque eles são importantíssimos na evolução de seus filhos. Mas não é assim que acontece com as famílias, atualmente.
Fazemos o papel do outro e sabemos que não conseguimos substituir perfeitamente o que não é próprio de nós. Não adianta ficarmos filosofando, porque como filhos, por mais que a nossa mãe tentasse fazer as vezes de nosso pai, e tenha méritos incalculáveis por isso, a falta desse homem em nossa vida é sempre sentida.
Lembro do meu pai sentado à beira de sua cama, conversando comigo sobre coisas que hoje não sei descrever, mas me deram a força e a coragem para saber discernir o bem, do mal e formar valores que trouxeram, ao meu caminho, a luz de viver para o bem.
Se eu pudesse, ainda pediria seu colo e o envolveria em abraços, com laços coloridos da mais perfeita seda. Suave para entrelaçar nossos caminhos, à luz do mais perfeito instrumento que posso ser: a paz.
Só posso, então, agradecer à bênção que tive e desejar a todos os homens – pais que cumpram a missão de educadores, assim presentes em seus lares, confiantes em suas propostas, amigos de seus bebês e dos homens adultos que um dia serão e sempre precisarão de seus conselhos e de seus ombros amigos.
E nós, mulheres, aplaudimos vocês, pais, que fizeram dos seus limites a taça da verdade entregue ao bem; complementaram nossas dúvidas e engrandeceram a vida de seus filhos com sabedoria; erraram e acertaram seus atos como todos aqueles que fazem o que julgam que devem fazer e transbordaram a vida de seus filhos de amor.
Fica o espaço unido em elos inseparáveis de amor e gratidão para aquele que nunca será esquecido, passe o tempo que passar. Esteja aonde estiver.
HELYETE SANTOS