sexta-feira, 13 de julho de 2012

MUITO MENOS EU


É fato que muitos relacionamentos se desgastam ao longo do tempo, enquanto outros se renovam e nem se dão conta disso. Erguem-se diante dos problemas, param, refletem, dão as mãos e tomam atitudes compactas e não se atemorizam com o futuro. Vivem e convivem.
Enquanto isso acontece, continuam olhando para a mesma cena e usufruem da mesma energia que é compartilhada numa só sintonia.
Não é para menos que a solidão bate forte ao peito quando juntos estão tão sozinhos. A cena é a mesma, mas não veem as mesmas coisas. Não compactuam os mesmos instantes, nem param diante do grande Universo para se refazerem das dores, nem dos prazeres. Deixam de cantar as alegrias e caminham em seus desejos como aves que migram para horizontes diversos em busca de metas outras.
Junto, então, fica o sofrimento, a angustia, a invalidade de não ser mais como se era antes.
O que foi que aconteceu, talvez naquele momento ninguém saiba ( muito menos eu ) se o amor acabou. Assim como uma chuva que passa e deixa a umidade pelo chão e o sol, com o seu calor e luz, seca e parece que nunca choveu naquele lugar.
O que se sabe é que, enquanto existir um pouquinho desse amor voltado ao outro, ele não terminou porque não acabou. Nem deixará de existir, porque mesmo sufocado, terá a fonte dentro de nós. É bom termos a certeza disso e começarmos a nos exercitar diante da Vida.
HELYETE SANTOS

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