terça-feira, 22 de maio de 2012

TÁ TÁ TÁ

                   
Acredito que não há momento mais inadequado para fazer negociações do que aquele que sabemos que o outro não se encontra preparado para negociar. Só é o melhor quando sabemos a resposta que queremos.
Na hora de sair para o trabalho e, principalmente, quando já se está atrasado, a ira junta-se ao momento de nem saber qual o botão do elevador se quer apertar e fica pior então, quando a vizinha, aquela que, insuportavelmente, leva os três cachorrinhos para darem uma volta e rosnam em torno de nossas pernas, também estão no elevador. Que coincidência!
E aí, amorzinho, posso comprar o que eu pedi? Eu preciso, você sabe!
E lá vai o: tá, tá, tá.
Na realidade, esta não seria bem a resposta, assim como, ao estacionarmos na porta do colégio, bem do lado de fora da porta do nosso carro, quando o guarda já se dispõe a pegar o caderninho para anotar a placa e o garoto avisa: vou voltar com os meus amigos e vamos ao shopping.
Qual seria a resposta mais indicada para ele? Tá, tá, tá!
Parece, então, que o que acontece não é a série de “tás” mas o processo que nos fez aceitar a decisão de concordar. É assim que manipulamos outros processos para que as respostas se tornem adequadas para o que queremos que seja favorável a nós.
Bem, a resposta com os “ tás” é o que mais nos deixa felizes pelo sucesso alcançado, o que vem depois do cartão, as compras, ou o passeio no shopping... deverá conter outros tantos, e muitos questionários para a próxima conversa em família. E haja respostas! Pelo menos, tempo, haverá!
Helyete Santos

Nenhum comentário:

Postar um comentário